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Oxumaré

 

 

 

 

Oxumarê
Orixá do Arco íris e da Prosperidade. A cobra que come o próprio rabo, na representação do sempre reinício. Rei dos gegês!!!

OXUMARÊ – A Dualidade Presente

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do orixá feminino Oxum, a senhora das águas doces. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem. Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo: metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo. Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.... Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris que, segundo algumas lendas é aponte que possibilita que as águas de Oxum sejam levadas ao castelo no céu de Xangô. Nos seis meses subseqüentes, o orixá assume a forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso. Oxumarê é o orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem para, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Certas casas de Umbanda e certos zeladores tem em seus cultos a não presença do orixá Oxumarê. Ledo engano aqueles que pensam que Oxumarê não faz parte dos cultos de Umbanda. É o orixá das sete cores do arco-íris, e por isso traz na sua essência as sete linhas dentro de Umbanda. É o orixá das cores e de tudo o que é belo. Não existe altar sem rosas e não existe rosa sem cor. Ai está presente Oxumarê. Em termos superficiais, pode-se também associar o arco-íris ao bem e a cobra ao mal por que se o primeiro é uma imagem colorida, bonita, que traz o prazer estético as pessoas, o segundo é um animal perigoso, que pode levar o homem a morte. Outra fonte de identificação a respeito do Orixá vem das contradições existentes em suas lendas. Acontece que a origem do Orixá é uma de uma cultura diferente da maior parte doso orixás cultuados no Brasil e na própria África. Oxumarê é uma divindade originária da cultura do daomé, região centro-norte da África. Há séculos tal civilização foi dominada pelos iorubás, povo mais primitivo no sentido de organização social e visão religiosa, mas, em compensação, mais poderoso em termos de organização militar. Como aconteceu com Roma e Grécia, a dominação política de uma sociedade menos rica em produções culturais ou no terreno da superestrutura em geral fizeram com que os mitos dos daomeanos não fossem apenas reprimidos. Pelo contrário os iorubás não tentaram impor sua cultura ao povo dominado. Ficaram , na verdade, impressionados com sua cosmologia e tentaram assimilá-la, principalmente nas figuras que não fossem formas semelhantes a divindades que também possuíssem. Ao mesmo tempo, há uma diferença básica entre a cultura do Daomé e o ponto de vista dos iorubás sobre as divindades em geral. Se as figuras guerreiras de um Ogum sensual e arrebatado, de uma Iansã explícita e franca ou de uma Oxum espertamente maliciosa e diplomática são fáceis de serem compreendidas, formando arquétipos claros, os orixás do Daomé são mais soturnos, misteriosos. Suas lendas não os apresentam completamente como as lendas dos nagôs. Fica sempre um território um pouco escondido, algo secreto, misterioso, no comportamento deles, toda uma faixa de ambigüidade que não permite uma definição tão certeira e simples como dos orixás do país Yorubá. Os deuses do Daomé são mais punitivos, circunspectos, austeros e vingativos. Não são apenas levados pela passionalidade das figuras mais comuns do mundo iorubá, que da mesma forma que punem arrasadoramente, dramaticamente se arrependem do que fizeram aos seres humanos. Não, Oxumarê, Iroko, Omulu, Obaluaiê e Nanã, os orixás do Daomé mais conhecidos e cultuados, castigam quando dispostos ou provocados, mas raramente se arrependem e não possuem as falhas humanas risíveis e humanizadoras das figuras do panteão iorubá. Por ser comum seu “aparecimento” como cobra e como arco-íris nos rios e cachoeiras, Oxumarê costuma receber suas oferendas nesses locais, outro fator a aumentar a confusão que se estabelece entre ele e Oxum, que também é cultuada nesses ambientes.

O Arquétipo dos seus filhos

Como é de costume a todas as divindades originárias do daomé (cultura Jeje), é relativamente difícil estabelecer um arquétipo específico de comportamento associado ao orixá, já que ele é misterioso e cheio de sombras em seus mitos. Os filhos de Oxumarê são bem mais difíceis de serem reconhecidos do que os guerreiros filhos de Iansã, os calmos e sábios filhos de Oxalá e os maternais e familiares filhos de Yemanjá, por exemplo. Mesmo assim, algumas características básicas podem ser listadas. Há porém, divergências em relação às suas características ao consultarmos autores diferentes. Para uns Oxumarê é associado à riqueza: “Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos”. Para certos autores os filhos de Oxumarê possuem o dom da vidência. Quando vivia na Terra, Oxumarê previa tudo, adivinhava o que ia acontecer, a tal ponto que não era mais possível viver. Os deuses então decidiram mantê-lo afastado dos homens, pois a clarividência total acaba transformando-se em maldição. A seu pedido, Oxumarê obteve a autorização de descer na terra de três em três anos, o que talvez explique parte do mistério referente ao culto deste orixá e também sua rara participação nos jogos de búzios, onde os orixás em geral se revezam nas respostas – mas é raro se encontrar uma resposta de Oxumarê. Seus filhos estão entre aquelas pessoas que, de tempo em tempos, mudam tudo em sua vida: mudam de casa, de emprego, como se ciclos se sucedessem sempre, obrigatoriamente, exigindo e provocando um rompimento com o passado e iniciando diuturnamente a busca de um novo equilíbrio, até o momento da real mudança. Também são apontados nos filhos de Oxumarê certos traços de orgulho e de ostentação, algo que os aproxima do clichê do novo-rico exibicionista. A androginia do orixá por vezes é estendida a seus filhos. Estes, segundo alguns historiadores seriam bissexuais em potencial, mas essa interpretação não é aceita universalmente, tendo alguns sacerdotes especificado que não há ligação possível entre papel, preferência sexual e orixá. Fisicamente são pessoas que se movimentam de forma leve, pouco levantando os pés do chão, sugerindo mesmo a idéia que rastejam. São pessoas que apesar do descrito anteriormente, tem uma grande energia nervosa e necessitam se movimentar, agilidade, indo de um lado para outra. São pessoas que como a cobra, armam seus botes de forma silenciosa, e atacam só quando tem certeza da vitória. São pessoas difíceis de se relacionarem devido a grande facilidade de mudarem tudo de uma hora para outra. São pessoas fechadas e apesar da família e dos amigos são muito fechados e quase sempre obrigatoriamente solitários. Além da tendência de serem esguios a terem pele oleosa, talvez bastante escorregadia, outra característica física saliente que possuem é o olhar, já que olhos de cobra, grandes e um pouco salteados.

O Culto ao Orixá
Oxumarê, como a maior parte dos orixá daomeanos e, principalmente, como outros orixás cujo habitat preferencial é a floresta (Ossain, Oxóssi) por exemplo, e comemorado cerimonialmente às terças feiras (certas nações dão a quarta feira junto com Xangô e Iansã). Como é produto da cultura do Daomé, sua mãe, ao contrário de Yemanjá mãe de praticamente todos os orixás iorubás – com exceção de Logunedé, filho de Oxóssi e Oxum – é a austera Nanã Buruku. Seu pai, não existente na cultura matriarcal dos daomeanos, tornou-se pela assimilação cultural nagô Oxalá, a figura masculina de mais destaque desta cultura. Seu elemento é todo o tipo de movimento constante, de substituição, ruptura, fim, mudança e reinicio. Seu domínio é o arco-íris e a cobra. As contas de Oxumarê denotam sua dualidade pois possuem duas cores e verde e o amarelo. O sincretismo é raro, mas quando acontece, a figura associada ao orixá do arco-íris é a de São Bartolomeu. Para ele são sacrificados bodes, galos e galinhas d’angola (conquíns). As suas comidas ritualísticas podem ser o feijão com milho, a pipoca, azeite, camarões além dos bolos de batata doce com formas de cobras e poços. Seu instrumento é o cacho sagrado das sete cores do arco-íris. Sua saudação é Arrôboboi!!!

Oxumarê


Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.
A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical.
Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.
Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo.
Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.
Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris, sendo atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc.
Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.
Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica. Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra - e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica.
Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal.
Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.
Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre o dia e a noite, o bom e o mal tempo (chuvas) e entre o bem e o mal (positivo e negativo).
Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu habitat característico, podendo realizar rápidas incertas.
Pierre Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.
Características
Cor Verde e amarelo (cores do arco-íris, ou, amarelo rajado de preto)
Fio de Contas Verde e amarelo
Ervas Mesmas de Oxum
Símbolo Cobra e Arco-Íris.
Pontos da Natureza Próximo da queda da cachoeira.
Flores Amarelas
Essências -
Pedras Ágata. (Topázio, esmeralda, diamante)
Metal Latão (Ouro e Prata mesclados)
Saúde pressão baixa, vertigens, problemas de nervos, problemas alérgicos e de pele
Planeta -
Dia da Semana Terça-feira
Elemento Água
Chakra Laríngeo
Saudação Arrobobô
Bebida Água Mineral
Animais Cobra
Comidas Batata doce em formato de cobra, bertalha com ovos
Numero 14
Data Comemorativa: 24 de agosto
Sincretismo: São Bartolomeu
Incompatibilidades: sal, água salgada

Atribuições
Oxumarê, é a renovação continua, mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. É a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.

Lendas De Oxumarê
Como Oxumarê Se Tornou Rico.
Oxumarê era o babalaô da corte de um rei que, embora fosse rico e poderoso, não pagava bem seu sacerdote, que vivia na pobreza. certo dia, Oxumarê perguntou a ifá o que fazer para ter mais dinheiro; ifá disse que, se ele lhe fizesse uma oferenda, ele o tornaria muito rico. Oxumarê preparou tudo como devia mas, no meio do ritual, foi chamado ao palácio. não podendo interromper o ritual, ele não foi; então, o rei suspendeu seu pagamento. quando Oxumarê pensava que ia morrer de fome, a rainha do reino vizinho chamou-o para tratar seu filho doente e, como Oxumarê o salvou, a rainha pagou-o muito bem. com medo de perder o adivinho, o rei lhe deu ainda mais riquezas, e assim se cumpriu a promessa de ifá.
Orixá do arco-íris !!!
Certa vez, Xangô viu Oxumarê passar, com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seu ouro. Xangô conhecia a fama de Oxumarê não deixar ninguém dele se aproximar. Preparou então uma armadilha para capturar Oxumarê. Mandou uma audiência em seu palácio e, quando Oxumarê entrou na sala do trono, os soldados chamaram para a presença de Xangô e fecharam todas as janelas e portas, aprisionando Oxumarê junto com Xangô. Oxumarê ficou desesperado e tentou fugir, mas todas as saídas estavam trancadas pelo lado de fora.
Xangô tentava tomar Oxumarê nos braços e Oxumarê escapava, correndo de um canto para outro. Não vendo como se livrar, Oxumarê pediu a Olorum e Olorum ouviu sua súplica. No momento em que Xangô imobilizava Oxumarê, Oxumarê foi transformado numa cobra, que Xangô largou com nojo e medo.
A cobra deslizou pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos. Havia uma pequena fresta entre a porta e o chão da sala e foi por ali que escapou a cobra, foi por ali que escapou Oxumarê.
Assim livrou-se Oxumarê do assédio de Xangô. Quando Oxumarê e Xangô foram feitos Orixás, Oxumarê foi encarregado de levar água da Terra para o palácio de Xangô no Orum (céu), mas Xangô não pôde nunca aproximar-se de Oxumarê.
Como Oxumarê Serve À Oxum e Xangô
Quando xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e xangô morava por cima das nuvens. então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. falaram com Oxumarê, que aceitou servir de mensageiro entre eles. só que, durante a metade do ano em que é o arco- íris, Oxumarê levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra ficava seca. por isso, Oxumarê resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. nesse período, xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.


Lendas
Quando Nanã abandonou o primeiro filho, Orumilá ( o destino ) disse que ela iria ter um outro filho, tão belo quanto o arco-íris, mas que viveria longe dela, correndo mundo. Oxumaré nasceu como uma linda menina que recebeu o nome de Bessém; mas, seis meses depois, ela se transformou numa serpente que saiu se arrastando e pelos seis meses seguintes vagou pelo mundo. E esse foi seu destino desde então; por isso, Oxumaré tem ressentimento da mãe,pois não pode nem namorar, pois os homens fogem apavorados quando a moça vira cobra.

Quando Xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e Xangô morava por cima das nuvens. Então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. Falaram com Oxumaré, que aceitou servir de mensageiro entre eles. Só que, durante a metade do ano em que é o arco- íris, Oxumaré levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra ficava seca. Por isso, Oxumaré resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. Nesse período, Xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.

Oxumaré era o babalaô da corte de um rei que,embora fosse rico e poderoso, não pagava bem seu sacerdote, que vivia na pobreza. Certo dia, Oxumaré perguntou a Ifá o que fazer para ter mais dinheiro; Ifá disse que, se ele lhe fizesse uma oferenda, ele o tornaria muito rico. Oxumaré preparou tudo como devia mas, no meio do ritual, foi chamado ao palácio. Não podendo interromper o ritual, ele não foi; então, o rei suspendeu seu pagamento. Quando Oxumaré pensava que ia morrer de fome, a rainha do reino vizinho chamou-o para tratar seu filho doente e, como Oxumaré o salvou, a rainha pagou-o muito bem. Com medo de perder o adivinho, o rei lhe deu ainda mais riquezas, e assim se cumpriu a promessa de Ifá.

Houve um tempo em que Oxumaré viveu no meio dos mortais. Ele era um grande babalaô, curandeiro e vidente. Seus dons eram tão grandes, que ele adivinhava tudo que iria acontecer e orientava as pessoas para mudarem os fatos segundo seu gosto. Isso começou a interferir nos destinos das pessoas e a prejudicar os projetos dos Orixás. Por isso, os Orixás decidiram afastá-lo da humanidade. Falaram com Olorum, que transformou Oxumaré num arco-íris, que deveria ficar para sempre no céu. Mas Oxumaré tanto pediu, que conseguiu autorização para voltar a ter contato com os humanos de 3 em 3 anos.

Òsùmàrè , filho de Nanã, nasceu com o destino de ser seis meses um monstro com esse nome, e seis meses uma linda mulher chamada Bessem. Aos poucos Bessem revoltou-se com sua mãe Nanã, pois não conseguia ter um amor que durasse por muito tempo. Seu companheiro sempre desaparecia quando ela se transformava em monstro.
Um dia Òsùmàrè encontrou Esú e este, como sempre apreciou criar discórdias, semeou um conflito entre o deus do arco-íris e a velha Nanã, aconselhando Osunmaré a tomar a coroa do reino de jeje, que pertencia a Nanã.
Òsùmàrè foi ao palácio de Nanã aterrorizando a todos. Nanã suplicou-lhe que não matasse ninguém, tentando dissuadir o filho de seu intento. No entanto acabou entregando-lhe sua coroa de rainha. Desde então Òsùmàrè reina sobre os jejes, no entanto continua sendo um monstro chamado Osunmaré e uma linda mulher chamada Bessem.
Irmão gêmeo de Ewá e tendo como irmãos mais velhos Osayin e Obaluaê - todos filhos de Nanã - Osumare sempre foi franzino , mas dotado de grande inteligência e capacidade. Um dia frente à frente com OLOKUM, mãe de Yemonjá, perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes , preciosas. Osumare pensou e respondeu: -Senhora dos Oceanos, é preciso que faças um investimento, me dando seis mil búzios (moeda corrente)". "Sim respondeu, Olokum". Osumare apontou para a própria casa de Olokum, o mar , explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procurava. Olokum ficou tão feliz que deu à ele , além dos seis mil búzios , a capacidade de transformar-se em serpente e poder , com a ponta do rabo tocar a terra e com a cabeça tocar o céu. Com tal poder Osumare transformou-se em serpente esticou-se até a terra de Olorum, no céu e com os seus seis mil búzios falou ao criador: -"Pai cheguei até o Senhor. Tive de esticar-me demais para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo que tem". E Olorum dobrou o número de búzios de seis para doze mil. Daí pra frente Osumare passou a ser consultado sobre os grandes negócios. Xangô fez dele seu consultor e grande conselheiro, aumentando sua riqueza de Deus do Trovão ,ao mesmo tempo que a do próprio Osumare. Este poder de se transformar em serpente e ir até o céu deu origem à um Oriki (Poema) muito bonito: " Osumare egó bejirin fonná diwó -O Arco -Íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho!"

Certa vez, Sàngó viu Òsùmàrè passar, com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seu ouro. Sàngó conhecia a fama de Òsùmàrè não deixar ninguém dele se aproximar.
Preparou então uma armadilha para capturar Òsùmàrè. Mandou uma audiência em seu palácio e, quando Òsùmàrè entrou na sala do trono, os soldados chamaram para a presença de Sàngó e fecharam todas as janelas e portas, aprisionando Òsùmàrè junto com Sàngó.
Òsùmàrè ficou desesperado e tentou fugir, mas todas as saídas estavam trancadas pelo lado de fora. Sàngó tentava tomar Òsùmàrè nos braços e Òsùmàrè escapava, correndo de um canto para outro. Não vendo como se livrar, Òsùmàrè pediu a Olorum e Olorum ouviu sua súplica. No momento em que Sàngó imobilizava Òsùmàrè, Òsùmàrè foi transformado numa cobra, que Sàngó largou com nojo e medo. A cobra deslizou pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos.
Havia uma pequena fresta entre a porta e o chão da sala e foi por ali que escapou a cobra, foi por ali que escapou Òsùmàrè. Assim livrou-se Òsùmàrè do assédio de Sàngó. Quando Òsùmàrè e Sàngó foram feitos Orisás, Òsùmàrè foi encarregado de levar água da Terra para o palácio de Sàngó no Orum, mas Sàngó não pode nunca aproximar-se de Òsùmàrè.

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