Oxalá, na Umbanda representa o Orixá da paz e principalmente da fé.
O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxalá é o branco. O dia consagrado para ele é a sexta-feira. Sua saudação é Èpa Bàbá!. O Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo. Oxalá seja na Umbanda ou no Candomblé é o mesmo Orixá. O que muda da Umbanda para o Candomblé em relação aos Orixás é a forma de manifestação (incorporação), trato, simbolos e assentamentos, vestimentas, imagens etc. Porém, a essência do Orixá é a mesma. Em muitos lugares Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo, mas essa associação é perigosa e sem fundamentos, pois Jesus Cristo está acima de qualquer hierarquia religiosa, seja qual for a religião. Ou seja, Jesus Cristo está além de Anjos, Santos, Orixás, etc... Esse sincretismo é uma herança do aculturamento sofridos pelos negros ao longo do período colonial. Uma associação ora forçada pelos Jesuítas na imposição da fé Cristã, ora um símbolo de resistência onde da imagem do Santo Católico, se cultuava os Orixás africanos (por isso as datas dos festejos dos Orixás, coincidem com as dos Santos Católicos). A imposição e a própria resistência acabaram virando práticas populares. As imagens dos Santos Católicos se confundiram com as dos Orixás, não se sabendo onde começa um, e onde termina o outro. Porém, dentro do terreiro, ao som dos atabaques, pode até ter a imagem dos Santos, mas quem incorpora são os Orixás. Podem cantar pontos onde se escuta o nome de São Jorge, por exemplo, mas quem monta no "cavalo" é Ogum. Hoje em dia muitos terreiros estão deixando as imagens Católicas e cultuando os Orixás baseados em seus elementos, tais como: águas de Oxum, Ferro de Ogum, Otá (pedra) de Xangô. Ou utilizando-se de assentamentos, onde ali é colocada uma parte da essência do médium e parte da essência do Orixá.
Definição energética
Trono natural da Fé, primeira razão do movimento do Universo, campo de atuação primeiro regendo a religiosidade dos seres, ou a crença que têm para o positivismo. De natureza elemental cristalina, cuja presença se encontra em todos as outras vibrações de ordem divina como base. Dos textos antigos já se tem o nome Cristo como cristal, ou cristalino, e essa referência de todos os mestres da luz que vieram à nascer na matéria para guiar a humanidade. Suas ondas magnetizadoras despertam a ética nos seres, ou seja a base das religiões, algumas dessas ondas chegam até os nossos olhos cruzadas o que tornou o símbolo da cruz aquele a ser deixado como referência pelo nosso Mestre Cristo
Posted by alexdeoxossi em junho 14, 2007
A VIDA DE JESUS
O Cristianismo o reverencia como Deus feito homem. Xamãs indígenas, cabalistas, judeus e muçulmanos o consideraram um mestre. Indianos o reverenciaram como um “siddha” (perfeito) ou até um avatar (encarnação divina). Sua figura sempre fascinou os homens em todas as épocas; ele confortou e alegrou milhões de pessoas, mas apesar de tudo que se tem dito a seu respeito, sua vida continua envolvida em mistério. Afinal, quem foi esse homem chamado Jesus?
Quase tudo o que sabemos de sua vida, vem das narrativas dos Evangelhos (do grego: boa nova). Mas foram muitos os historiadores e teólogos que contestaram esses textos. Essas escrituras, os chamados Evangelhos, receberam influência de um gênero literário muito comum, à época que misturava história, lendas e doutrinas. Também é forte, nos Evangelhos, a influência das antigas tradições judaicas, mitologias, greco-romana e oriental, e correntes esotéricas do primeiro século depois de Cristo. Apesar de terem, por muitas vezes, sua veracidade refutada, hoje se tende a valorizá-los.
Um dos principais argumentos que se levantou contra os Evangelhos, é o de que demoraram demais para ser escritos, geralmente muitas décadas depois dos fatos, época em que a memória, sobre os mesmos, já havia sido perdida ou modificada. Mas hoje em dia os especialistas explicam que, na verdade, a elaboração é que demorou muito para ser finalizada. O Evangelho mais recente, o de João, demorou quatro décadas para ficar pronto.
Mas antes de qualquer registro escrito, logo cedo, surgiu uma tradição oral sobre a vida e a mensagem de Jesus. Seu núcleo era o “Querigma” – palavra grega que significa “anúncio”, muito utilizada pelos seus discípulos para converter os ouvintes, por ter forte apelo emocional. Em torno desses discursos se juntavam as parábolas de Jesus.
O que corroborou para que os Evangelhos realmente passassem a ser vistos, como algo que mostra a realidade vivida por Jesus e seus discípulos, naquela época, foi a descoberta, em 1992, de um fragmento de papiro com trechos de dois versículos de Marcos, datado do ano 50 d.C. Duas décadas depois da morte de Jesus sua história já estava sendo escrita.
O NASCIMENTO DE JESUS
Jesus nasceu quando as terras que hoje pertencem a Israel e Palestina, estavam sob o domínio dos romanos. Ele nasceu sob o reinado de Herodes, viveu em locais governados por seus filhos e morreu sob o poder do romano Pôncio Pilatos. O dia em que comemoramos o nascimento de Jesus, o Natal, não é realmente a data de seu nascimento. Dia 25 de dezembro era uma data especial no calendário dos cultos de Roma. Era o dia do “Festival Pagão do Sol Invencível”, que comemorava o triunfo do astro-rei. Os primeiros cristãos associaram as qualidades do Sol a Jesus, por isso a escolha da data. que deve ter sido instituída por volta de 330 d.C. Hoje se sabe que Jesus nasceu antes do ano I, da Era Cristã, provavelmente entre 8 e 6 a.C. Existe uma passagem no Evangelho de Lucas que diz que o nascimento de Jesus se deu na época do recenseamento feito pelo imperador César Augusto. Historiadores concordam que a data provável desse censo foi entre 8 e 6 a.C.
JESUS – O HOMEM
O Cristo encarnado, como homem na Terra – Jesus, é a própria manifestação do Verbo, como já comprovou Saint Yves D’Alveydre, com seu Arqueômetro. Em todas as escolas de tradição oriental os mestres costumam dizer, aos seus discípulos, que “todo homem possui uma centelha divina que emana do Verbo Divino. Para se tornar ‘Cristo’, basta desenvolver essa centelha”. Jesus assim o fez, e como homem encarnado atingiu a máxima evolução.
O Verbo manifesta seu princípio em algum ponto do espaço mas não deixa de estar no Absoluto. Mas esse princípio, quando encarnado, aceita todas as condições da existência na Terra, como o esquecimento do Plano Divino e a angústia do abandono do Pai.
Jesus teve ou tem uma existência metafísica ou é um princípio vivo que continua atuante em relação aos seres humanos? Se Jesus foi o próprio Verbo Encarnado e se este princípio está intimamente ligado a todas as manifestações vivas da Natureza, esse mesmo princípio não abandonou o plano físico e está sempre presente para curar aqueles que dele se aproximam. Todas as raças deste planeta receberam a revelação da libertação da carne por meio da intervenção do princípio criador. O nome desse princípio, desde a formação do nosso planeta, é Jesus, e sua atuação sobre o planeta está sempre viva e se manifestando.
Jesus é aquele que veio e está sempre presente, conduzindo a Humanidade de volta aos braços do Pai. Todas as honras e louvores lhe são devidos por sua atuação em todos os planos. O Cristo é a própria divindade que se encontra em estado latente em todos nós, pois somos espíritos encarnados e trazemos conosco essa centelha divina.
O personagem histórico – Jesus, o homem, ensinou o amor, a benevolência e a caridade; foi um grande mensageiro da Luz, trazendo os ensinamentos que despertaram a consciência dos que estavam mortos para o Espírito, presos na escravidão da matéria, que é nossa redentora e nos auxilia a redimir nossos erros rumo à evolução espiritual.
JESUS – UM INICIADO
Evangelhos Apócrifos (que não são reconhecidos oficialmente), atribuem a Jesus pensamentos e ensinamentos esotéricos. Isso nos faz pensar que ele possa ter elaborado dois tipos de discurso: um exotérico (externo), adaptado à capacidade de compreensão da grande massa e outro esotérico (interno), que se destinava à formação de seus discípulos.
As Correntes Espiritualistas cada vez mais acreditam nessa hipótese. Algumas dizem ter sido Jesus um grande Mestre da Cabala, a mais mística tradição judaica; outras o colocam como sendo o portador de um conhecimento oculto, que vem sendo passado à Humanidade desde tempos imemoriais, que remontam às tradições mais antigas, como a dos logues indianos, e, antes, ainda, aos Xamãs pré-históricos.
JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA
Algumas práticas citadas nos Evangelhos podem nos remeter a influências esotéricas na vida de Jesus:
· O Batismo: existe uma lacuna de 20 anos nos Evangelhos entre a infância e o início de sua pregação. Após esse período ele passou por um rito iniciático adotado por várias tradições místicas – o batismo. Para essas antigas tradições, nesse momento o iniciado passa simbolicamente por um processo, morrendo para a antiga existência e renascendo para uma nova vida.
· Prova do Deserto: outra experiência iniciática foi o jejum de 40 dias no deserto. Esse tipo de provação, a que o adepto é exposto, é tão antiga quanto às tradições xamânicas, ainda hoje é utilizada por várias tradições místicas. O objetivo é manter o aspirante em total condição de isolamento, levando-o a confrontar se com o seu lado sombrio, que é retratado nos Evangelhos como o Diabo, que lança sobre Jesus as três tentações: quebrar o jejum, atirar-se do alto do templo de Jerusalém e adorar o próprio Diabo em troca do reinado sobre a Terra. Jesus rejeitou todas.
· O Círculo Hermético: após ter dado início à sua missão, mais e mais pessoas são atraídas por suas palavras e ensinamentos: a grande massa que o ouvia nas sinagogas, uma grande quantidade de discípulos que passaram a acompanhá-lo e o grupo dos doze apóstolos, que a tudo abandonaram para segui-lo. É provável que a estrutura desse círculo restrito de seguidores obedecesse a um modelo estabelecido em comunidades místicas.
· O Texto na Tabuleta Pregada na Cruz: a frase que Pôncio Pilatos redigiu para ser colocada na cruz – “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus” – pode ter tido um significado muito maior do que o resumo das acusações que lhe foram feitas. A palavra Nazareno, além de designar o local onde viveu parte de sua vida, pode se referir também a “Nazir” ou “Nazireu”, aquele que é consagrado a Deus e que entre outras obrigações não poderia cortar os cabelos. A palavra rei também pode ter outro significado nessa inscrição. Esse título, nos círculos esotéricos era dado ao indivíduo que iniciava adeptos ao conhecimento dos mistérios. Poderia ser uma conotação de Mestre Iniciático.
JESUS, O ARREBATADOR DE ALMAS
O antigo povo de Israel esperava um “Messias” – na verdade um guerreiro que os livrasse da opressão romana. Jesus veio pregando o amor incondicional, por meio do qual seria possível se conquistar o reino de Deus. Mas o que a maioria esperava era um revolucionário que expulsasse os dominadores romanos, derrubando Herodes e restabelecendo um poder legítimo em Israel. Jesus não se apresentou como esse revolucionário e sua condição fraternal foi explorada por seus inimigos, que o condenaram à morte. Ele pregou uma “revolução” a longo prazo, sem luta, sem visar somente o lado material, mas amplamente profunda e esclarecedora do ponto de vista espiritual. Sua meta era, por meio da conscientização e de uma transformação radical, trazer o reino de Deus à Terra.
A RESSURREIÇÃO SEGUNDO A TRADIÇÃO ORIENTAL
A idéia de transmutação do corpo físico e imortalidade são comuns em certas tradições espiritualistas da índia e da China.
Extremamente rara, essa possibilidade poderia ser alcançada pelos “siddhas”, os perfeitos, mas seria inerente a todo ser humano que, por devoção a Deus, exercícios e prática da yoga, poderia atingir um estágio supremo de desenvolvimento.
OXALÁ, O ORIXÁ DA CRIAÇÃO
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas. Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte das Oliveiras.
OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura material.
Oxalá é representado nos Congas por Jesus e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixá maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através dos outros Orixás.
Éter e Luz: são o elementos e a força da Natureza correspondentes à Linha de Oxalá.
Dia da Semana: Sexta-feira.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.
OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS
O mais importante e elevado do Panteão lorubá; foi o primeiro Orixá criado por Olorum (O Deus supremo). E um dos Orixás Fun-Fun (da cor branca).
São muitas as suas lendas e extensa sua origem e história na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan “o velho” e Oxaguian “o moço”. Na sua forma “guerreira”, Oxalá carrega uma espada, cheio de vigor e nobreza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, é uma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte simbologia, utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o mais venerado e sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá”, que diz respeito à sua lenda dos sete anos de encarceramento, culminando com a cerimônia do “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advém da sua condição delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, que tendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, mas não costumam ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muito teimosos, sendo difícil convencê-los de que estão errados na resolução de um problema. Em Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debate e a argumentação.
A LENDA AFRICANA
Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum de realizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso, recebeu de Olorum o “Saco da Criação”. Mas antes de iniciar sua viagem para o cumprimento da missão era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará. Mas, com seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez.
Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à porta do além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Ao saber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentisse muita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar o líquido refrescante que escorre do dendezeiro – o vinho de palma. Com isso ficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu.
Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e, vendo-o adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse: “Vá você Odudua, vá e crie o mundo”. Odudua encontra uma grande extensão de água e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação – a terra; formou-se um monte que ultrapassou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha de cinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cada vez mais criando a cidade de llê-lfê.
Quando Oxalá acordou e não encontrou o Saco da Criação procurou Olorum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma e usar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpo dos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.